REINO DOS CÉUS

SEJA DEUS VERDADEIRO E TODO HOMEM MENTIROSO

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ministro de Louvor ou Astro Gospel?


 
Alguns cuidados devem ser tomados quando uma equipe executa músicas em um culto de louvor a Deus. A formação de banda Rock Pop tem se tornado bem comum nas igrejas cujo culto é avivado e jovial (guitarras com drives poderosos, baterias, teclados sintetizadores inteligentes, controladores MIDI, samples, telões, iluminação e muita imaginação), transformando o momento de louvor a Deus em entretenimento.

O que fazer para que, ainda que todos os recursos tecnológicos estejam presentes, o culto no momento dos louvores com música seja um momento congregacional de louvor a Deus?

O Ministro deve trazer o povo para cantar consigo

Músicas conhecidas em tons executáveis pelo público: a música que o ministro irá cantar deve ser conhecida pela igreja, e se não for deve ter no telão as letras das canções. É bom, antes de cantar alguma canção que a igreja não conheça que o ministro ensine o refrão para que a igreja participe congregacionalmente. O ministro deve buscar um tom que facilite a igreja acompanhá-lo.

A Igreja não veio conferir o talento do ministro: o momento de louvor não existe para revelar os talentos do ministro e sua banda, o virtuosismo do guitarrista e a velocidade do baixista e baterista. Arranjos virtuosos devem ser evitados para dar lugar a arranjos simples e belos (arranjos simples não são arranjos feios e pobres), mas que não tirem a concentração da mensagem das canções. Nada de melismas.

Deus é o centro da Adoração

As letras cantadas devem conter uma mensagem de adoração a Majestade Divina, devem falar daquele que é o centro de toda adoração, as letras devem conter uma mensagem bíblica a respeito do Senhor Jesus. A escolha das músicas é de extrema importância: as músicas escolhidas indicam o tipo de mensagem que o ministro que passar para a igreja. Sempre que possível o ministro deve buscar saber qual será o tema da pregação para alinhar as músicas com o tema do culto.

Quanto aos instrumentistas, muito cuidado com os efeitos utilizados na execução das canções (chorus, phaser, flanger, oitavador, buster, compressor, reverb, daley, presence, drives, modulation, etc), podem ser úteis se dosados com cuidado e danosos no resultado final da execução, por exemplo: o chorus é a mescla do mesmo som com uma oscilação da afinação. Se este efeito for mal utilizado poderá dar uma sensação de desafinação, causando um desconforto sonoro.


Rogério Vilaça.

terça-feira, 18 de março de 2014

Não consigo entender o que se canta




Essa é uma queixa generalizada, o membro entra no culto cristão e a execução musical com volumes e frequências inadequados confunde e perturba ao ponto de prejudicar o entendimento da mensagem cantada. Os vilões deste tipo de problema podem ser identificados e corrigidos como o som e instrumentos, os músicos e os cantores, e algumas dicas aplicadas podem, se não resolver, amenizar os efeitos do desconforto e da falta de compreensão da mensagem.

O som
A igreja deve ter bastante cuidado ao adquirir a sua aparelhagem de som. É necessária a presença prévia de um técnico de som para determinar o tipo de aparelhagem adequada para o determinado ambiente. O controle de som pode amenizar os impactos sonoros através do balanceamento dos canais L e R para instrumentos e voz no centro. Retirar do palco todos os retornos tem sido uma solução eficaz, pois retira parte dos propagadores de ondas sonoras, substituindo por pontos sem fio ou com fio através de amplificadores de Headphones. Retirar também os “cubos” de instrumentos e utilizar direct Box, reduz bastante o volume de som independente.

OS INSTRUMENTOS
Os instrumentos percussivos são bastante difíceis de lidar, pois o instrumento percussivo é a fonte e ao mesmo tempo o propagador de som. O exemplo da bateria, que é o instrumento percussivo mais usado nas igrejas; o problema fica ainda maior quando se decide usar microfones. Se isto é necessário é fundamental usar cabine de som para a bateria, assim, apenas o som captado dos microfones será reproduzido, e se não for o caso, o baterista deve se conter, para não tocar tão alto.
A utilização de pedais multi efeitos causa bastante confusão, pois possuem um controle de volume e ganho que possibilita uma independência do controle geral, resultando um aumento gradativo de som no transcorrer do culto.
Os instrumentos que possuem controle de frequências, volumes e ganhos se enquadram na observação anterior. É necessário, portanto treinar os músicos quanto à utilização dos seus instrumentos, no que diz respeito ao volume e ganho; também investir em retornos individuais melhores como pontos no ouvido; ter uma pessoa no “palco” que possibilite a comunicação entre a equipe e o controle de som.
Em geral, estes problemas podem ser resolvidos parametrizando as frequências, ganhos, volumes e balanços nos ensaios.

OS MÚSICOS E OS CANTORES
O objetivo último é que a mensagem do louvor seja compreendida pela igreja, e para que isto aconteça com harmonia, a equipe de louvor deve priorizar a voz do ministro de louvor ou dos cantores, os arranjos harmônicos seguem as vozes e os arranjos melódicos surgem como elemento embelezador.
Existe uma clara dificuldade para que os músicos se escutem (retorno) e para isto deve-se investir em retornos mais eficientes. O líder musical deve treinar a sua equipe de músicos para que evite tocar na mesma região musical evitando o “volume harmônico” como, por exemplo, notas de guitarra em regiões diferentes das notas de violão; se tem mais de um violão a guitarra deve, por exemplo, fazer rifes; percussão não é bateria; contra baixo não é guitarra; se em determinado momento da música o piano é acentuado as demais cordas devem dar espaço, pois o piano também é um instrumento de cordas; o back sempre está por traz da primeira voz (se for o caso); em caso de equipes grandes (baixo, bateria, percussão, metais, guitarra, violão aço, violão nylon, vocais: aproximadamente 14 integrantes) sempre utilizar os balanços dos canais.

Rogério Vilaça.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Parece que os músicos não adoram...




Quando estamos em nossos cultos de adoração ao Senhor e observamos os músicos tocando, não parece que eles, os músicos, estão em sintonia diferente dos cantores? Até pode se passar pela cabeça de alguns que os músicos não estão adorando como os cantores, e até pode ser mesmo, mas a execução de instrumentos musicais exige uma concentração diferente da dos cantores, os cantores fazem a sua parte, como dizemos, no piloto automático e assim podem fechar os olhos, choram, ministram enquanto os músicos estão preocupados com as harmonias, arranjos, modulações, entrosamento, cadencia, introduções, finalizações e ainda por cima com ma espontaneidade do ministro de louvor.
Para que a igreja possa ver seus músicos na mesma sintonia dos cantores, algumas dicas podem sem aplicadas.

MUITO ENSAIO, MAIS PILOTO AUTOMÁTICO
Os ensaios servem para aperfeiçoar a musicalidade e o canto produzindo entrosamento entre a equipe que permitirá que a execução das canções seja cada vez mais perfeita. Além disso, quanto mais ensaio, os músicos memorizam “os desenhos” facilitando uma execução mais automática, permitindo que o músico se concentre não somente no seu instrumento, mas no canto e consequentemente tenha uma participação mais espontânea na adoração.
As apresentações em público são um reflexo de ensaios, portanto, toda equipe de louvor deve reservar momentos dedicados aos ensaios para o entrosamento harmônico, boa cadência das frases, metrônomo, afinação dos instrumentos, escolha de tonalidades, aferição dos equipamentos, postura, entre outros itens que devem estar previamente organizados.

O MÚSICO DEVE TREINAR TODOS OS DIAS
Quanto mais o músico treina as técnicas musicais, acordes, frases, campo harmônico (maior, menor), escalas (diatônicas, pentatônicas, modos gregos, de semitons, modais, específicas), andamento, cifras, tablaturas, partituras, percepção musical, parametrização dos efeitos, manutenção dos equipamentos (encordoamentos, cabos, extensões elétricas, baterias, lubrificação de partes móveis, etc ... o aperfeiçoamento será inevitável e consequentemente uma melhor apresentação.
O treinamento musical aprimora, dentre outros, a precisão da execução que é um dos aspectos mais importantes, em minha opinião, para uma execução em equipe.

AS MÚSICAS ESCOLHIDAS DEVEM ESTAR NO NÍVEL MUSICAL DA EQUIPE
Nem sempre é possível ter todos os músicos em nível profissional, ainda que seja as canções escolhidas devem conter uma construção musical que possa ser executada precisamente e graciosamente, ou seja, a equipe de músicos deve tocar com o mínimo de esforço possível para que a igreja perceba que eles não apenas tocam, mas adoram.
Tocar as canções mediante leitura de partituras pode trazer uma qualidade musical primorosa, mas pode passar uma impressão mecânica de execução musical.

Rogério Vilaça.

terça-feira, 11 de março de 2014

Os arranjos musicais são necessários nos cultos?




As músicas cantadas no culto cristão, na sua grande maioria, são executadas com cantores e músicos, excetuando os grupos que cantam a capela como quartetos, corais, vocais e sempre estes últimos introduzem vez por outra um piano, órgão, cordas ou orquestra. Como seja se com músicos/cantores ou a capela o arranjo musical deverá existir sendo estes arranjos melódicos e harmônicos, maiores e/ou menores, com modulações, inversões e muita imaginação. A questão é, até que ponto os arranjos (instrumentais e vocais) devem ser executados no culto a Deus?

OS ARRANJOS MELÓDICOS E HARMÔNICOS DEVEM SER CONSTRUIDOS A PARTIR DA EXPERIÊNCIA MUSICAL DO POVO
Não é bom executar canções com determinado conteúdo harmônico e melódico que a igreja não está acostumada a escutar. Aos poucos algumas músicas podem ser inseridas no repertório, mas respeitando o gosto musical da igreja. Respeitar o gosto musical da igreja não é coisa de outro mundo, a equipe de louvor não é uma atração, mas integrantes do culto a Deus.

EVITAR O VIRTUOSISMO CONCENTRA A IGREJA EM DEUS
Arranjos extravagantes devem ser evitados, como solos de guitarra com efeitos de Drives, solos extravagantes de bateria, para que se evite desviar atenção de Deus para a equipe e em particular para algum músico. Não se trata de engessar a musicalidade d’algum músico, apenas trata-se da educação concernente a execução de canções de adoração em culto cristão. Também o virtuosismo vocal deve ser evitado, em se tratando de louvor congregacional, porque a igreja não acompanhará.

A MÚSICA NO CULTO NÃO É ENTRETENIMENTO ENTÃO O MÚSICO SERVE AO CANTOR, O CANTOR SERVE A IGREJA E A IGREJA ADORA AO SENHOR
O objetivo último é que a mensagem das canções seja absorvida pela igreja, então, os instrumentos devem dar espaço para que as vozes, nitidamente, transmitam a mensagem do louvor. Um bom controle de som geral deve está presente e músicos, cujos instrumentos possuem controle de ganhos, frequências e volumes, devem entender que os seus instrumentos são parte de um todo.
O canto por sua vez não deve dar uma impressão mecânica, mas graciosa, a igreja deve perceber que o ministro não canta para outro senão Deus, e também deve motivar a igreja a não enxergar a equipe de louvor como um atrativo.

Rogério Vilaça.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Deus decretou os pecados dos homens?



Deus decretou os pecados dos homens?

O texto que você destacou não está justificando categoricamente que Deus decreta o pecado. Se você diz “Deus decretou os pecados dos homens” então Deus é o autor primário de todos os pecados. Como um projetista que produz o projeto de algo que será executado por outros profissionais, bem, se os homens pecam em função dos decretos de Deus, como você disse: “Deus decretou os pecados dos homens”, então Deus é o autor dos pecados da humanidade.

Segue abaixo alguns trechos de Teologias Sistemáticas que afirmam que Deus não decreta pecados, mas decreta seres humanos com livre agência.


Mas a acusação não é verdadeira; o decreto simplesmente faz de Deus o Autor de seres morais livres, eles próprios os autores do pecado. Deus decreta sustentar a livre agencia deles, regular as circunstâncias da sua vida, e permitir que a livre agencia seja exercida numa multidão de atos, dos quais alguns são pecaminosos. Por boas e santas razões, Ele dá certeza ao acontecimento desses atos, mas não decreta acionar efetivamente esses maus desejos ou más escolhas no homem. O decreto concernente ao pecado não é um decreto efetivo mas permissivo, ou seja, um decreto para permitir o pecado, em distinção de um decreto para produzir o pecado sendo Deus a sua causa eficiente.(Teologia Sistemática, Louis Berkhof, pg 97-100)


Eles fazem Deus não o autor do pecado, mas o autor dos seres livres que são os autores do pecado. Deus não decreta eficazmente operar os maus desejos ou escolhas nos homens. Ele só decreta o pecado no sentido de criar e preservar os que hão de pecar; em outras palavras ele decreta preservar as vontades humanas que, ao escolherem seus cursos, serão maus e farão o mal. (Teologia sistemática, Augustus Hopkins Strong, pg 539)


Apesar dele não poder produzir, nem promover o pecado, Deus pode permiti-lo, e isto o faz. Ao permitir a ocorrência do pecado, Deus cumpre o mais elevado dos seus propósitos. Por exemplo, Deus permitiu que os irmãos de José, ao lhe vender como escravo, pecassem a fim de que todo o Israel fosse salvo, bem como de cumprir a sua promessa de trazer o Messias por intermédio do seu povo escolhido para proporcionar a salvação para a humanidade (Gn 12.3). (Teologia sistemática, Norman Geisler pg 66)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

ROTEIRO DE DEBATE: TRINDADE E IGREJA

QUESTÃO EM DEBATE: onde fala especificamente da trindade.. E quem foi chamado por Jesus ou por Deus, de pentecostais? Leiam: 1 coríntios 3: 18-23. Leiam tambem o significado real do que é igreja. 1 coríntios 1: 2 e 26-29. (6 de fevereiro)"

Pastor Artur Eduardo e Henrique Soares, o texto acima do irmão  contém algumas inconsistências teológicas que procurarei diluir com alguns argumentos.
A respeito da terminologia “trindade” que não se encontra literalmente nas Escrituras, pergunto, o que farei com as várias e várias terminologias que são usadas na teologia: cristologia, soteriologia, hamartiologia, escatologia, Pentateuco, etc?

Você está certo amigo, é impossível mostrar o termo “trindade” na Bíblia como é impossível demonstrar que o nome de Deus é IAVÉ, IEOVA, JAVÉ ou JÁ visto que o nome de Deus é impronunciável (Yud י Hêi ה Vav ו Hêi ה).
“Trindade” é um termo comum no cristianismo que foi ardorosamente defendido por Atanásio que muitos cristãos não conhecem. Ário foi um opositor da Igreja com sua heresia que negava a natureza divina de Jesus Cristo, que foi defendida, a natureza de Cristo, no clímax por Atanásio no concílio de Nicéia em 325 dC, expondo a sua vida para defender a Deidade de Cristo, junto com o partido de Eusébio de Cesaréia e o partido de Alexandre.

Em João 20:28 está escrito “ Então Tomé exclamou: Meu Senhor e meu Deus!” referindo-se Cristo pós ressurreição; muitos textos podem resolver este embaraçoso desconforto teológico, basta-nos João 1: 1 ... “e o Verbo era Deus.” O verbo joanino é Cristo que é Deus e ao mesmo tempo estava com Deus.

O termo “Pentecostais” surge do evento da descida do vento impetuoso que encheu toda a casa em que estavam reunidos. Eram dias de Pentecostes quando a igreja passou a falar em línguas estrangeiras.
As designações de grupos evangélicos são necessários, identificam o determinado grupo que tem pensamentos, ideias, doutrinas comuns, ou você não pertence a nenhum grupo? Deus usa os grupos para que a sua vontade seja efetuada; as designações de grupos surge após a reforma e tem surgido muito mais até os nossos dias.

Se o problema é falar, expressar, comunicar, ensinar, pregar, as terminologias bíblicas, temos então um grande problema nas mãos, visto que muitos termos bíblicos (a Bíblia foi esrita em Hebraico antigo, em grego Koiné e algumas porções em aramaico) não se traduzem exatamente na nossa lígua. Para expemplificar isto o texto que o amado citou contém um termo curioso: “IGREJA”. A palavra “Igreja” não existia nos tempos do apóstolo Paulo, este termo só veio a ser usado nos meados do Séc XIII, então, não podemos usar a palavra “igreja” também? A propósito o termo “εκκλησια ekklesia” não se refere especificamente a “igreja” mas a qualquer reunião de pessoas com o mesmo objetivo.

Então amado com base nas minhas sucintas argumentações concluo que: não há mal algum referir-se como “Pentecostal” tal como Presbiteriano, Congregacional, Episcopal, Assembleiano, Tradicional ou Renovado; Quanto a doutrina da Trindade aconselho-te a estudar um pouco mais sobre o assunto.

Rogério Vilaça.