REINO DOS CÉUS

SEJA DEUS VERDADEIRO E TODO HOMEM MENTIROSO

domingo, 26 de maio de 2013

Nós somos Povo e nossa vocação é anunciar as Virtudes



I Pedro 2: 9

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

A carta de I Pedro é a mais lida dentre as cartas gerais talvez pela linguagem acessível do autor. A carta de I Pedro deve ter sido escrita de Roma, depois da carta do Apostolo Paulo, por volta de 63 a 66 dC, aos cristãos da Ásia menor que estavam sofrendo com perseguições.
A carta de I Pedro, excetuando a introdução, é dividida em três partes:  “A Sal­vação: a chamada do crente (1:3-2:10); Submissão: a conduta do crente na sociedade (2:11-3:12); o Sofrimento: o disciplinamento do crente (3:13-5:11).”
Pedro encontrava-se numas mais magníficas cidades daquele tempo, com construções monumentais e por essa razão ele se refere à igreja como um edifício. Roma era a cidade luz para todo mundo civilizado e a visão desta grandeza reduzia a glória das demais cidades do mundo. Diante disso o apostolo consola a igreja neste trecho com uma verdade e uma missão:
“VÓS SOIS O POVO DE DEUS E VOSSA MISSÃO É PROCLAMAR AS VIRTUDES DE DEUS”
1-      Vós sois Raça, Sacerdócio, Nação e Povo exclusivo de Deus.
Nós somos membros da família de Deus (Raça) Jo 1:12; Rm 8: 17; Gl 4:7, encontrados pela graça que nos fez Sacerdotes do seu Reino (Sacerdócio Real) I Pe 2:5; Apo 1:4-6, nos fez abitar no mesmo território como uma grande tribo (Nação) e nos fez um grupo de pessoas de mesma origem e língua (Povo) exclusivos de Deus para vivermos uma vida poderosa em santidade e suficiente em Cristo .
Se somos povo exclusivo de Deus então:
a-      Vivemos em santidade porque Ele é santo I Pedro 1:16
b-      Testemunhamos Dele por seu amor e sacrifício At 1:8 (martus)
c-       Este mundo não reflete a nossa esperança I Co 15:19

2-      A fim de proclamardes as virtudes...
A finalidade da nossa vocação não é outra senão anunciar o Reino de Deus, as sua boas novas, a existência de um único Deus, apresentar o único caminho entre Deus e o homem (Jesus) e a condenação para todos que rejeitarem a Cristo.
A nossa vocação em Cristo nos direciona a uma vida de testemunho a respeito daquele que nos salvou (Ef 4:1; Fl 3:14; II Pe 1:10)
Quais são as virtudes que somos vocacionados a anunciar?
Não saber responder a essa pergunta é não saber qual a missão que o Senhor nos comissionou, é não saber para qual finalidade é a unção que está sobre nós, é o mesmo que não saber para o que Jesus nos salvou.

Lc 4: 18,19
 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.

Mt 28: 19
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

At 1:8
 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

terça-feira, 23 de abril de 2013

VERDADEIRAS AÇÕES DE GRAÇA

“Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” 1Ts 5:18
Ao falar de agradecimento pensamos ser uma coisa fácil de fazer-se, mas não é. Agradecer quando ganhamos algo, quando as coisas vão bem ao nosso favor, quando tudo dá certo para nós é muito fácil, e mesmo sendo fácil muitas vezes não agradecemos a Deus pelas bênçãos concedidas a nós. A verdade é que quando tudo vai bem, muitas vezes, nos separamos de Deus e esquecemos que Ele é quem tem nos abençoado.

Deus quer que agradeçamos a Ele SEMPRE, mesmo em meio aos problemas. Assim como fala no versículo acima: “Dêem graças em todas as circunstâncias...” É preciso agradecer também pelos problemas, pelas dificuldades e pelos momentos ruins que passamos, pois todos são momentos nos quais Deus tem um propósito para as nossas vidas.

Não devemos agradecer a Deus só pelas alegrias, ou falar com Ele só quando precisamos de ajuda, mas devemos estar sempre em comunhão com o Senhor e ser gratos em todas as circunstâncias. Podemos ver o cuidar de Deus em nossas vidas todos os dias, pois temos o ar para respirar, o sol para iluminar, temos o que comer o que vestir amigos, família e muito mais. Tudo isso é prova do grande amor dEle para conosco, Jesus foi capaz de dar a vida por nós para que pudéssemos ter a vida eterna. Então, como não agradecer todas essas coisas maravilhosas que o Senhor fez e faz por nós todos os dias?
Portanto, “Dêem graças ao Senhor porque Ele é bom; o seu amor dura para sempre.” (Sl 118:1). Não se esqueça de agradecer a Deus todos os dias por tudo. Não é fácil agradecer quando as coisas não dão certo para nós e quando desejamos murmurar ao invés de agradecer. Mas, essa é a vontade de Deus para nós, que fiquemos em comunhão com Ele sempre, independente das circunstâncias.
“O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meus lábios te exaltarão. Enquanto eu viver eu te bendirei, e em teu nome levantarei as minhas mãos.” (Sl 63:3-4)

Texto de Suellen Caroline
Título adaptado por Rogério Vilaça 

sábado, 20 de abril de 2013

TENHA A SUA EXPERIENCIA COM DEUS



Esta tem sido uma ideia cada vez mais vívida e aplicada em meio aos “cristãos”, é a busca pela experiência que define a verdade com base nos sentimentos. Este é um conceito totalmente contrario ao conceito cristão de Fé que ensina a igreja a buscar a Deus na crença fundamentada na Palavra de Deus, ou seja, por exemplo, se alguém pede perdão a Deus, mas não sente alguma reação física ou mística em relação (um arrepio, uma visão, um sonho) pode ser que Deus não perdoou: isto é a busca pela experiência.
Este conceito da experiência tem tomado o lugar nos corações, o lugar que antes era da Palavra, satisfazendo as necessidades sentimentais e emocionais hedonistas, focando o evangelho numa perspectiva humanista, relativista e consequentemente econômica. Nesta sociedade mística é bem mais fácil ministrar com mistérios do que com ensinamentos sólidos e simples que conduzem a uma vida de arrependimento e sobremodo renuncia. A pregação do evangelho de Cristo de maneira genuína exige uma inimizade deste cristão com o mundo, exige renuncia, exige uma vida que anda na contra mão dos conceitos deste tempo.
É lamentável, mas muitos que disseram ter tido uma experiência com Deus, foram conduzidos, infelizmente, a uma experiência emocional apenas, que tinha como bases fundamentos existencialistas, relativistas, psicológicos e psicanalíticos e muita imaginação.
O certo é que uma pessoa nascida em Cristo e feliz em Deus, nascida para viver uma vida de santidade, apaixonada pela Palavra de Deus, cheia de esperança do retorno do Messias e preenchida totalmente de convicção e dependência, não necessita dalguma experiência secundária, pois a experiência primeira é infinitamente superior: escolhidos antes da fundação do mundo, eleitos para a glória do Pai, regenerados e glorificados segundo a sua vontade soberana, escritos em livros eternos, guardados como tesouro decretado por Deus e reservados para a ressurreição, transformação e glorificação. Existe alguma experiência que se sobreponha a esta? Digo que qualquer que seja é insignificante diante do que Deus preparou para aqueles que o amam. Se você tem esta certeza, então você tem experiência com Deus.

REFORMA

I. As Raízes da Reforma
a. A frase em latim post tenebras, lux (“após trevas, luz”) resume o mote da Reforma do século 16. Essas “trevas” referem-se ao entendimento do cristianismo bíblico pela igreja, que se desenvolveu gradualmente durante a idade das trevas ao longo da era Medieval até o tempo da Reforma.
b. A teologia do sacerdotalismo dominava a igreja. O sacerdotalismo propõe que a salvação ocorre principalmente por meio das ministrações da igreja, através do sacerdórcio, e particularmente através da administração dos sacramentos.
c. Os Reformadores responderam a esse sistema da maneira mais enfática no século 16. Todavia, eles não viram sua reação como revolucionária, mas como uma obra de reforma, chamando a igreja de volta às formas e teologia original da igreja apostólica.
II. As Raízes de Martinho Lutero 
a. Lutero nasceu em 1483, na cidade de Eisleben (Alemanha), sendo seus pais antigos camponeses: Hans e Magarethe. A natureza industriosa de Hans levou a família da pobreza à riqueza, e ele desejou que seu filho, Martinho, se tornar-se um advogado proeminente e rico.
b. Desde sua juventude, Lutero demonstrou uma aptidão por aprendizado, e recebeu o grau de Mestre em Artes na Universidade de Erfurt e entrou no programa de Direito na mesma universidade. Sua educação clássica (na qual aprendeu Latim) bem como seus estudos legais o assistiriam poderosamente pelo restante de sua vida.
c. Em julho de 1505, um raio quase atingiu Lutero quando ele voltava da universidade para casa. Ele gritou: “Salve-me, Santa Ana; e eu me tornaria um monge”. Interpretando essa crise como um sinal de Deus e desejando honrar o seu voto, Lutero encontrou no monastério agostiniano local, que era muito rigoroso, para extremo desgosto do seu pai.
d. Lutero comprometeu-se completamente aos seus deveres monásticos, procurando ganhar acesso ao céu sendo um monge correto e rígido. Todavia, a despeito do exercício perpétuo de disciplinas espirituais, Lutero não podia apaziguar a culpa que experimentava constantemente. Sua mente legal aplicava os mandamentos de Deus meticulosamente a si mesmo, e ele alegava pelo perdão real e duradouro para o seu pecado sempre presente. O monastério não poderia oferecer nada para aliviar a sua consciência.

EXEGESE JUDAICA

Exegese Judaica
Um estudo da história da interpretação bíblica começa, em geral, com a obra de Esdras. Ao voltar do exílio da Babilônia, o povo de Israel solicitou a Esdras que lhes lesse o Pentateuco. Neemias 8: 8 “leram no livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia”.
Visto que, durante o período do exílio, os israelitas tenham provavelmente perdido sua compreensão do hebraico, a maioria dos eruditos bíblicos supões que Esdras e seus ajudantes traduziram o texto hebraico e o liam em voz alta em aramaico, acrescentando explicações para esclarecer o significado.
Quando o povo retornou o exílio na Babilônia foi necessário, portanto, que tivessem os Targuns (de uma palavra que significa “explicar”) para que pudessem ser orientados na interpretação das escrituras. Afirmava-se que essa tradição havia sido passada fielmente do escriba Esdras e dos membros da Grande Sinagoga que, por sua vez, supostamente haviam recebido esses ensinamentos por meio da revelação divina.

Os targuns aramaicos
A origem dos targuns. Há evidências de que os escribas, já nos tempos de Esdras (Ne 8.1-8), estavam escrevendo paráfrases das Escrituras hebraicas em aramaico, Não estavam produzindo traduções, mas textos explicativos da linguagem arcaica da Tora. As pessoas que realizavam esse trabalho de produzir paráfrases eram chamados methurgeman; desempenhavam papel importante na comunicação da palavra de Deus em língua hebraica (que aos ouvidos samaritanos soava tão exótica), na língua do dia-a-dia que o povo entendia bem. Antes do nascimento de Cristo, quase todos os livros do Antigo Testamento tinham suas paráfrases ou interpretações (targuns). Ao longo dos séculos seguintes o targum foi sendo redigido até surgir um texto oficial.
Os mais antigos targuns aramaicos provavelmente foram escritos na Palestina, durante o século II d.C, embora haja evidências de alguns textos aramaicos de um período pré-cristão. Esses textos primitivos, oficiais, do targum, continham a lei e os profetas, embora targuns de épocas posteriores também incluíssem outros escritos do Antigo Testamento. Vários targuns não-oficiais, em aramaico, foram encontrados nas cavernas de Qumran, cujos textos seriam substituídos pelos textos oficiais do século II d.C. Durante o século III, todos os exemplares do Targum palestino oficial, abrangendo a lei e os profetas, foram praticamente engolidos por outra família de paráfrases dos textos bíblicos, chamadas Targuns aramaico-babilônicos. As cópias do targum que contivessem os demais escritos sagrados, além da lei e dos profetas, continuavam a ser feitas extraoficialmente.
Os escribas que vieram a seguir tiveram grande cuidado em copiar as escrituras, crendo que cada letra do texto era a palavra de Deus inspirada. Esta profunda reverencia pelo texto escriturístico tinha suas vantagens e desvantagens. Uma grande vantagem estava em que os textos foram cuidadosamente preservados através dos séculos. Uma grande desvantagem foi que os rabinos logo começaram a interpretar a escritura por outros métodos que não os meios pelos quais a comunicação e normalmente interpretada.
Os rabinos pressupunham que sendo Deus o autor da escritura:
1-      O interpete poderia esperar numerosos significados em determinado texto
2-      Cada detalhe incidental do texto possuía significado

Interpretação Anagógica
A palavra anagógica refere-se a uma espécie de interpretação alegórica, que procura descobrir verdades espirituais ocultas, no texto literal das escrituras. Sua forma mais radical era a dos antigos hebreus, que pensavam ver significados ocultos até nas letras formadoras das palavras.
O rabi AKIBA, no primeiro século da era cristã, finalmente entendeu que isto sustentava que toda repetição, figura de linguagem, paralelismo, sinônimo, palavra, letra, e até as formas das letras tinham significados ocultos. Esse letrismo (enfoque indevido as letras das quais se compunham as palavras da escritura) era muitas vezes levado a tal ponto que o significado que o autor tinha em mente era menosprezado e em seu lugar se introduzia uma especulação fantástica.