REINO DOS CÉUS

SEJA DEUS VERDADEIRO E TODO HOMEM MENTIROSO

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Deus decretou os pecados dos homens?



Deus decretou os pecados dos homens?

O texto que você destacou não está justificando categoricamente que Deus decreta o pecado. Se você diz “Deus decretou os pecados dos homens” então Deus é o autor primário de todos os pecados. Como um projetista que produz o projeto de algo que será executado por outros profissionais, bem, se os homens pecam em função dos decretos de Deus, como você disse: “Deus decretou os pecados dos homens”, então Deus é o autor dos pecados da humanidade.

Segue abaixo alguns trechos de Teologias Sistemáticas que afirmam que Deus não decreta pecados, mas decreta seres humanos com livre agência.


Mas a acusação não é verdadeira; o decreto simplesmente faz de Deus o Autor de seres morais livres, eles próprios os autores do pecado. Deus decreta sustentar a livre agencia deles, regular as circunstâncias da sua vida, e permitir que a livre agencia seja exercida numa multidão de atos, dos quais alguns são pecaminosos. Por boas e santas razões, Ele dá certeza ao acontecimento desses atos, mas não decreta acionar efetivamente esses maus desejos ou más escolhas no homem. O decreto concernente ao pecado não é um decreto efetivo mas permissivo, ou seja, um decreto para permitir o pecado, em distinção de um decreto para produzir o pecado sendo Deus a sua causa eficiente.(Teologia Sistemática, Louis Berkhof, pg 97-100)


Eles fazem Deus não o autor do pecado, mas o autor dos seres livres que são os autores do pecado. Deus não decreta eficazmente operar os maus desejos ou escolhas nos homens. Ele só decreta o pecado no sentido de criar e preservar os que hão de pecar; em outras palavras ele decreta preservar as vontades humanas que, ao escolherem seus cursos, serão maus e farão o mal. (Teologia sistemática, Augustus Hopkins Strong, pg 539)


Apesar dele não poder produzir, nem promover o pecado, Deus pode permiti-lo, e isto o faz. Ao permitir a ocorrência do pecado, Deus cumpre o mais elevado dos seus propósitos. Por exemplo, Deus permitiu que os irmãos de José, ao lhe vender como escravo, pecassem a fim de que todo o Israel fosse salvo, bem como de cumprir a sua promessa de trazer o Messias por intermédio do seu povo escolhido para proporcionar a salvação para a humanidade (Gn 12.3). (Teologia sistemática, Norman Geisler pg 66)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

ROTEIRO DE DEBATE: TRINDADE E IGREJA

QUESTÃO EM DEBATE: onde fala especificamente da trindade.. E quem foi chamado por Jesus ou por Deus, de pentecostais? Leiam: 1 coríntios 3: 18-23. Leiam tambem o significado real do que é igreja. 1 coríntios 1: 2 e 26-29. (6 de fevereiro)"

Pastor Artur Eduardo e Henrique Soares, o texto acima do irmão  contém algumas inconsistências teológicas que procurarei diluir com alguns argumentos.
A respeito da terminologia “trindade” que não se encontra literalmente nas Escrituras, pergunto, o que farei com as várias e várias terminologias que são usadas na teologia: cristologia, soteriologia, hamartiologia, escatologia, Pentateuco, etc?

Você está certo amigo, é impossível mostrar o termo “trindade” na Bíblia como é impossível demonstrar que o nome de Deus é IAVÉ, IEOVA, JAVÉ ou JÁ visto que o nome de Deus é impronunciável (Yud י Hêi ה Vav ו Hêi ה).
“Trindade” é um termo comum no cristianismo que foi ardorosamente defendido por Atanásio que muitos cristãos não conhecem. Ário foi um opositor da Igreja com sua heresia que negava a natureza divina de Jesus Cristo, que foi defendida, a natureza de Cristo, no clímax por Atanásio no concílio de Nicéia em 325 dC, expondo a sua vida para defender a Deidade de Cristo, junto com o partido de Eusébio de Cesaréia e o partido de Alexandre.

Em João 20:28 está escrito “ Então Tomé exclamou: Meu Senhor e meu Deus!” referindo-se Cristo pós ressurreição; muitos textos podem resolver este embaraçoso desconforto teológico, basta-nos João 1: 1 ... “e o Verbo era Deus.” O verbo joanino é Cristo que é Deus e ao mesmo tempo estava com Deus.

O termo “Pentecostais” surge do evento da descida do vento impetuoso que encheu toda a casa em que estavam reunidos. Eram dias de Pentecostes quando a igreja passou a falar em línguas estrangeiras.
As designações de grupos evangélicos são necessários, identificam o determinado grupo que tem pensamentos, ideias, doutrinas comuns, ou você não pertence a nenhum grupo? Deus usa os grupos para que a sua vontade seja efetuada; as designações de grupos surge após a reforma e tem surgido muito mais até os nossos dias.

Se o problema é falar, expressar, comunicar, ensinar, pregar, as terminologias bíblicas, temos então um grande problema nas mãos, visto que muitos termos bíblicos (a Bíblia foi esrita em Hebraico antigo, em grego Koiné e algumas porções em aramaico) não se traduzem exatamente na nossa lígua. Para expemplificar isto o texto que o amado citou contém um termo curioso: “IGREJA”. A palavra “Igreja” não existia nos tempos do apóstolo Paulo, este termo só veio a ser usado nos meados do Séc XIII, então, não podemos usar a palavra “igreja” também? A propósito o termo “εκκλησια ekklesia” não se refere especificamente a “igreja” mas a qualquer reunião de pessoas com o mesmo objetivo.

Então amado com base nas minhas sucintas argumentações concluo que: não há mal algum referir-se como “Pentecostal” tal como Presbiteriano, Congregacional, Episcopal, Assembleiano, Tradicional ou Renovado; Quanto a doutrina da Trindade aconselho-te a estudar um pouco mais sobre o assunto.

Rogério Vilaça.

ROTEIRO DE UM DEBATE - "O CRISTÃO PÓDE REPREENDER SATANÁS E SEUS DEMÔNIOS?"



Podemos repreender satanás e seu demônios? Achei curiosa esta postagem, porém a Palavra de de Deus é clara a respeito deste assunto. O autor fez uma análize a respeito de uma variante textual, a saber Mc 16: 9-20, que não se encontra nos manuscritos mais antigos e não há testemunho dos Pais da Igreja mais significativos como Clemente de Roma, Clemente de Alexandria, Orígenes, Cipriano, Cirilo de Jerusalem, Atanásio e outros em face de Irineu, Tertuliano e Taciano que testemunham o final de Marcos vers 9-20 (Origem e Transmissão do NT – Wilson Paroschi, pgs 208 a 215 e Variantes textuais do NT – Roger L Omanson, pgs 102 a 104).
O autor desta postagem, o Leonardo Dâmaso, faz um comentário intrigante: “Portanto, devemos ser cautelosos antes de lançar mão desta passagem como prova irrefutável de que os cristãos podem repreender os demônios”. Isto me parece “teologia liberal”, pergunto então, se o Novo Testamento contém inúmeras variantes textuais e muitas apontam para uma ilegitimidade, então alguém poderia dizer que a Palavra de Deus (Biblia) não é confiável? Acredito que o autor não se expressou bem na sua abordagem a respeito deste assunto, pois a Palavra de Deus é Inerrante, Infalível e Poderosa. Seguem abaixo alguns textos, livres de variação textual, que mostram claramente que Jesus conferiu autoridade aos seus discípulos para repreenderem satanás e seus demônios. Lucas 10:17 Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!
Mateus 10:8 Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai. Marcos 6:13 expeliam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo. Lucas 9:1 Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas. A minha conclusão é:
1- Foi dada autoridade por Jesus aos seus discípulos para expulsarem os demônios.
2- O ato de expulsar demônios não é exclusivo de Jesus mas o Senhor autorizou os seus a fazerem o mesmo.
3- Está correto orar “em nome de Jesus para expulsar ou repreender os demônios”.

Na introdução o autor chama a atenção para a historicidade do “movimento batalalha espiritual”, seus desdobramentos e alguns representantes; resalto que o assunto “BATALHA ESPIRITUAL” é bíblico e importantíssimo para a nossa edificação. Apenas cito o conhecido texto de Efésios 6:11,12 “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. O texto é claro quando indica que a nossa luta é contra forças espirituais que se encontram em luta contra a igreja de Cristo. Desta forma fica claro que existe uma “batalha” e é necessário que façamos um estudo teologico sobre o assunto, a luz da Palavra de Deus, para não sermos tachados de ignorantes. Ainda que a história deste movimento indique abusos e absurdos não podfemos deixar de lado este assunto.
Jesus veio a este mundo para desfazer as obras do diabo, embora o texto de IJoão 3:8 não enfoque este contexto de “REPREENDER Satanas”. Outros textos podem justificar o objetivo de Cristo no que tange expulsar os demônios. Notemos que o termo δαιμονιον daimonion ocorre 58 vezes no NT e o termo δαιμων daimon ocorre 4 vezes, totalizando 62 ocorrências, onde 53 delas estão nos evangelhos indicando que grande parte do ministério de Jesus foi voltado para a libertação demoníaca das pessoas. Então Jesus não “repreendeu os demônios algumas vezes em seu ministério terreno”, mas diversas e diversas vezes. Em Marcos 6:7,12,13 encontramos um “curioso” e esclarecedor texto no episódio da instrução aos doze: Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse; expeliam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo. Além de Jesus ter exorcizado, repreendido, expulsado, humilhado os demônios os seus discípulos o fizeram também, claro e óbvio, em nome de Jesus. Destaco parte do texto de Leonardo Dâmaso: No livro de Atos, por sua vez, e nas cartas de Paulo, Pedro, João, Judas e Hebreus não encontramos qualquer um dos apóstolos usando o termo repreender ou ensinando a prática do mesmo. Esta citação do autor não é argumento suficiente para concluir que pelo fato dos apóstolos não terem feito citação doutrinária ou com algum exemplo prático, não devamos “repreender” os demônios em nome de Jesus. Por falar em exemplo prático, em Atos 16:16-18 está escrito “Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação. Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu”. Paulo não falou “eu te repreendo” mas “eu te mando: retira-te dela” se estás tão apegado ao termo “eu te repreendo” posso falar”EU TE MANDO”? (não estou justificando as barbáries realizadas por “pastores e ministros” irresponsáveis). “O motivo pelo qual não podemos estender o ato de repreender aos cristãos para cercear a ação dos demônios é em virtude da falta de evidências explícitas nas Escrituras para esta prática e porque repreender os demônios é uma prerrogativa exclusiva de Cristo” parece-me que este autor não conhece a Palavra de Deus: Lucas 10:17; Mateus10:8; Marcos6:13; Lucas 9:1.  O autor desta postagem, o Leonardo Dâmaso, faz um comentário intrigante: “Portanto, devemos ser cautelosos antes de lançar mão desta passagem como prova irrefutável de que os cristãos podem repreender os demônios”. Isto me parece “teologia liberal”, pergunto então, se o Novo Testamento contém inúmeras variantes textuais e muitas apontam para uma ilegitimidade, então alguém poderia dizer que a Palavra de Deus (Biblia) não é confiável? Acredito que o autor não se expressou bem na sua abordagem a respeito deste assunto, pois a Palavra de Deus é Inerrante, Infalível e Poderosa (parte de um comentário meu a respeito deste mesmo assunto). Não lançar mão deste texto por causa da problemática textual nos leva a crer que não podemos usar muitos outros textos bíblicos por causa da autenticidade. Isto descamba em desacreditar na Bíblia como a Palavra de Deus. É claro que o estudo das variantes textuais é de extrema importância para o estudante de teologia mas acredito que uma resposta mais abrangente seja necessária.
Vou refutar passo a passo a resposta de Leonardo Dâmaso e gostaria de honestidade na contra argumentação, se houver uma contra argumentação, a respeito, usando sobremodo a Palavra de Deus como arbitro entre nós. Não adianta de maneira alguma os “posicionamentos teológicos” se não houver a demonstração do embasamento bíblico que antecede qualquer posicionamento.
O seu artigo, Leonardo Dâmaso, foi lido e meus comentários, se você leu, estão criticando diretamente o “seu texto”, que em minha opinião não é honesto com a Palavra de Deus, mas comprometido com a sua visão teológica “reformada”. Sou Pentecostal, estudante de Teologia, membro de uma igreja Pentecostal equilibrada (a saber, IEVCA) e ovelha de um pastor que é referência; mais uma vez farei uma crítica, desta vez um pouco mais sistemática, as suas respostas frisando as suas afirmações postadas demonstrando que seu artigo não foi “equilibrado” como apoiou Morgana Mendonça Santos.
O Leonardo Dâmaso  escreve em resposta:“o cristão não pode REPREENDER Satanás e os demônios, isto é, utilizar esta terminologia - "Seja repreendido em nome de Jesus" ou eu te repreendo em nome de Jesus... Somente Jesus pode repreender Satanás e os demônios, pois isto que abordei no artigo ... No caso de repreensões a demônios esta prerrogativa é aplicada exclusivamente a Cristo e ninguém mais ... Até hoje ninguém conseguiu mostrar na Escritura que existe uma ordem explícita de Jesus aos apóstolos e aos cristãos em geral, dizendo: "Vocês podem REPREENDER Satanás e os demônios ... a TERMINOLOGIA "repreender"! Não existe! “.
1-  O cristão não pode REPREENDER Satanás e os demônios
Lucas 10:17; Mateus 10:8; Marcos 6:13; Lucas 9:1: ... os próprios demônios se nos SUBMETEM (REPREENDER) pelo teu nome ... EXPELI (REPREENDER) demônios ... expeliam muitos demônios ... deu-lhes PODER E AUTORIDADE (REPREENDER) sobre todos os demônios. O que os textos bíblicos estão realmente nos informando? Expelir, Submeter, ter Poder e Autoridade sobre algo ou alguém não seria Repreender?
Lucas 10:17 – “SUBMETER” υποτασσω hupotasso
1) organizar sob, subordinar
2) sujeitar, colocar em sujeição
3) sujeitar-se, obedecer
4) submeter ao controle de alguém
5) render-se à admoestação ou conselho de alguém
6) obedecer, estar sujeito

Mateus 10:8  e Marcos 6:13 “EXPELIR” εκβαλλω ekballo
1) expulsar, expelir, mandar sair
1a) com noção de violência
1a1) expelir (expulsar)
1a2) expulsar
1a2a) do mundo, i.e. ser privado do poder e influência que se exerce no mundo
1a2b) uma coisa: excremento da barriga na fossa
1a3) expelir uma pessoa de uma sociedade: banir de uma família
1a4) compelir alguém a partir; mandar alguém partir, de modo severo ainda que não violento na linguagem
1a5) empregado para expressar a idéia de que o movimento rápido de algo saindo é transferido para algo sendo lançado
1a5a) ordenar ou fazer alguém sair apressadamente
1a6) fazer sair com força, puxar
1a7) com implicacões da força superar força oposta
1a7a) fazer uma coisa se mover em linha reta até o seu alvo pretendido
1a8) rejeitar com desprezo, rejeitar ou jogar fora
1b) sem noção de violência
1b1) fazer sair, extrair, algo inserido em outra coisa
1b2) fazer sair, gerar
1b3) excetuar, omitir, i.e. não receber
1b4) levar ou conduzir a algum lugar com uma força que não se pode resistir

Caro amigo teólogo EXPELIR, EXPULSAR, SUBJUGAR, SUBMETER são sinônimos para “repreender”.

2-                 Somente Jesus pode repreender Satanás e os demônios, pois isto que abordei no artigo
3-                 Esta prerrogativa é aplicada exclusivamente a Cristo e ninguém mais
O item 2 e 3 são redundantes portanto merecem uma única resposta. É evidente e elementar que ainda que o cristão exerça a ação de expulsar ou repreender as forças malignas, isto se fará pelo poder do nome de Jesus. EXPELIR, EXPULSAR, SUBJUGAR, SUBMETER, REPREENDER é uma ação válida por qualquer cristão rendido a Cristo que o faça em nome de Jesus.
A exclusividade no quesito “exorcismo” se dá ao fato de que é em nome de Jesus que as forças infernais são subjugadas, mas é pela voz da igreja de Cristo que isto acontece. Portanto no nome de Jesus reside o poder que é usado pela Igreja de Cristo para expulsar os demônios repreendendo-os.

4-                 Até hoje ninguém conseguiu mostrar na Escritura que existe uma ordem explícita de Jesus aos apóstolos e aos cristãos em geral, dizendo: "Vocês podem REPREENDER Satanás e os demônios

Por favor! Diante disso farei breve comentário apenas no segundo texto citado abaixo:
Marcos 6:7,13 - Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes AUTORIDADE sobre os espíritos imundos. EXPELIAM muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo. (Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada)
Mateus 10:8 - Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, EXPELI DEMÔNIOS; de graça recebestes, de graça dai.
EXPELIR: sobre a signifacação deste termo o mesmo já se encontra no item 1. Acrescento portanto que εκβαλλω ekballo é um verbo no tempo presente, voz ativa (Voz Ativa representa o sujeito como o agente ou executor da ação), modo imperativo (O Modo Imperativo corresponde ao nosso imperativo, e expressa uma ordem ao ouvinte para realizar uma determinada ação por comando e autoridade daquele que a emite).
DEMÔNIOS: δαιμονιον daimonion
1) espírito, ser inferior a Deus, superior ao homem
2) espíritos maus ou os mensageiros e ministros do mal

Está mais que claro que Jesus deu esta ordem! EXPELI (REPREENDER) DEMÔNIOS!

5-                     A TERMINOLOGIA "repreender"! Não existe!
Quanto à questão da terminologia temos um grande problema; a teologia está repleta de “terminologias” que não se encontram literalmente nas Escrituras Sagradas, o que faremos então? Não usaremos as intermináveis terminologias?
Cito apenas o exemplo da terminologia “TRINDADE” que é um termo fundamental do cristianismo; se o problema é “terminologia” e a mesma não pode ser usada porque não está na palavra então prefiro usar uma que esteja, por exemplo: Atos 16:18 “... Em nome de Jesus Cristo, EU TE MANDO RETIRA-TE dela.”

Mais uma vez escrevo com o fim de esclarecer sobre o que o querido amigo teólogo Leonardo Dâmaso discorre. Parece que o mesmo insiste em dizer que, pelo fato deste dito verbo επιτιμαοω epitimao aplicar-se nos eventos em que Jesus expulsa demônios, o ato de “repreender” é exclusivo de Jesus, ou seja, os cristãos não podem “repreender” em nome de Jesus, mas devem orar “corretamente” “que Jesus te repreenda” (a exemplo dado citando o anjo Miguel).
Thiago Oliveira, fiz referência a mim mesmo como alguns o fazem dizendo “sou reformado” e em momento algum o fiz com a intenção de retrucar algum comentário feito a minha pessoa.
Primeiramente todos os textos citados abaixo em que aparece a terminologia “επιτιμαοω epitima” está se referindo a expulsão de entidades malignas: Mat 17:18; Mar 1:25; 8:33; 9:25; Luc 4:35; 4:41; 9:42 (todos os verbos επιτιμαοω epitimao” estão no tempo aoristo, voz ativa e modo indicativo); sendo assim “repreender” carrega o sentido de expulsar, expelir, subjugar, submeter.
Acredito que não é possível que o Leonardo Dâmaso não entenda que estou correto com este comentário. “Os discípulos receberam autoridade para EXPELIR demônios, e não REPREENDÊ-LOS, que é diferente de EXPELIR e ORDENAR (At 16.18)” (Leonardo Dâmaso). O que seria repreender (embora esteja no aoristo, e isto é bem acertado, visto que a ordem de Jesus aos demônios não está sujeita ao tempo) senão mais um termo indicando expulsão de entidades malignas? Então você concorda que foi dada a Igreja a autoridade para “mandar os demônios saírem em nome de Jesus.”
Logicamente se nos textos anteriores citados “repreender” signifique expulsar e demais, então outros textos que carregam os termos expulsar e demais signifiquem, obviamente, “repreender”. Será que não estou sendo suficientemente coerente?
Expulsar como curar
Em Mateus 12:22 está escrito assim: “Então, lhe trouxeram um ENDEMONINHADO (δαιμονιζομαι daimonizomai – que está sob poder de demônio), cego e mudo; e ele o CUROU (θεραπευω therapeuo), passando o mudo a falar e a ver.” Notemos claramente que uma pessoa sob influencia de demônio foi trazida até Jesus e o mesmo a “CUROU” e não “repreendeu”. Curar neste caso tem função de sinônimo visto que a ação de explusar é a mesma e inclusive  verbo θεραπευω therapeuo está no tempo aoristo, voz ativa e modo indicativo.
Expulsar como expelir
Mateus 8:16 - Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu (εκβαλλω ekballo -  tempo aoristo, voz ativa e modo indicativo) os espíritos e curou todos os que estavam doentes;

Se repreender é o mesmo que expulsar, então é o mesmo que expelir. Podemos notar em vários outros textos que expulsar demônios no ministério de Jesus é relatado não apenas com o termo “repreender” mas com outros termos como curar, expelir, espulsar.

Sobre o ministério dos discípulos alguns comentários devem ser citados:

A ordem aos doze (10.5-16) Cf. Mc 6.8-11; Lc 9.1-5; 10.2-12.
Eles eram discípulos (v. 1), pois estavam aprendendo, mas, quando ele os enviou, eram apóstolos (v. 2). Esse termo significava que eles eram Mateus 10.17 os representantes autorizados daquele que os tinha enviado. Como tais receberam a mesma mensagem de Jesus (v. 7; cf. 4.17) e também a autoridade dele sobre a doença e os demônios (v. 1,8). (F. F. Bruce – comentário Bíblico NVI)
Curem as doenças, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios; de graça receberam, de graça dêem. Uma comparação de 10:8 com 4:23; 9:35 revela que o que Jesus quer dizer é isto: “Façam e continuem fazendo o que eu estou fazendo e tenho estado a fazer.” A autoridade para fazer isto já lhes havia sido comunicada (10:1). Pela graça de Deus, eles mesmos devem agora aplicar este poder. (William Hendriksen – comentário de Mateus)

Jesus via na expulsão dos demônios um sinal de que o trono de satanás esva ruindo. Ele parece estar falando de modo metafórico. Jesus teve uma visão espiritual da derrota de satanas na cruz; e a expulsão de demônios, a derrota dos agentes de satanas, confirmava a certeza da derrota de seu mestre. (D. A. Carson – Comentário Bíblico Vida Nova)

Os doze padronizam sua missão de acordo com o ministério do próprio Jesus. Eles ensinam o que Jesus proclama: que homens e mulheres devem se arrepender, pois o reino de Deus está próximo (1.15; cf. 1.4). Eles apresentam as evidências do poder do governo de Deus, libertando os endemoninhados e curando os doentes (v. 13). (F. F. Bruce – comentário Marcos)

Leonardo Dâmaso - Os cristãos podem, sim, orar pedindo ao Senhor Jesus quando se depararem com uma pessoa de fato possessa assim: SENHOR JESUS, REPREENDA SATANÁS NESTA SITUAÇÃO. REPREENDA OS DEMÔNIOS QUE ESTÃO AGINDO NA VIDA DESSA PESSOA. Este é o modo correto das Escrituras. Acredito que o arcanjo Miguel estava certo em orar de maneira semelhante.
Noto neste texto uma inconsistencia, em diversas passagens podemos ver os discípulos expulsando demônios em nome de Jesus, cujos verbos estão no imperativo, por exemplo Mateus 10:8,  EXPELIR: εκβαλλω ekballo é um verbo no tempo presente, voz ativa (Voz Ativa representa o sujeito como o agente ou executor da ação), modo imperativo (O Modo Imperativo corresponde ao nosso imperativo, e expressa uma ordem ao ouvinte para realizar uma determinada ação por comando e autoridade daquele que a emite). A Bíblia nos ensina que podemos imperativamente expulsar demônios. A respeito da dita “oração do anjo Miguel” que é absurda, pois ANJO NÃO ORA, na realidade o anjo não proferiu sentença de blasfêmia para satanás visto que o mesmo já está condenado por Jesus, e ainda mais o contexto desta passagem se refere a alguns “indivíduos se introduziram com dissimulação.” A propósito o livro de Judas foi sofreu influência do “Livro de Enoque” e “Assunção de Moisés”; seria este um motivo para não utilizarmos esta passagem como exemplo?
No demais agradeço a todos e que possamos desenvolver a nossa Salvação em unidade, amizade, ainda que os nossos posicionamentos nos causem alguns desconfortos: se aceitamos a Cristo como salvador um lugar eterno onde todas as dúvidas serão solucionadas.
AMÉM.
Rogério Vilaça.