REINO DOS CÉUS

SEJA DEUS VERDADEIRO E TODO HOMEM MENTIROSO

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DIFERENÇA ENTRE ENSINO E PREGAÇÃO

      Como prosa e poesia, esses dois termos são mais bem entendidos como extremos opostos de um espectro, e não como opostos antagônicos. Quando escrevemos prosa utilizamos diversos expedientes poéticos, jogos de palavras, metáforas, etc., e quando escrevemos poesia estamos comunicando informação. Da mesma forma, é muito difícil, se não impossível, ensinar sem pregar em certo grau, ou pregar sem algum nível de ensino.
      Uma maneira de ilustrar a distinção, contudo, é observar a diferença entre o indicativo e o imperativo. O primeiro nos diz o que é, e o último nos diz o que devemos fazer. Ensino, obviamente, tende ao indicativo enquanto pregação tende ao imperativo. Mas o que acontece se tornarmos a distinção absoluta? Um ensino totalmente desprovido de qualquer imperativo não nos faria bocejar e responder “E daí?”? Da mesma forma, se despojarmos a pregação de todo indicativo, e ficarmos apenas com o imperativos, não teríamos sermões que meramente gritam “Faça alguma coisa!”? Isso não terminaria em barulho e fúria, não significando nada?
      Isso significa que, no final, tudo isso são questões de grau. Sou abençoado em ensinar no Reformation Bible College. Porque o meu desejo é que os estudantes cresçam em graça e sabedoria, o meu plano não é meramente descarregar informação do meu cérebro para o deles. Portanto, minhas aulas tendem a seguir um padrão real, mas não planejado. Então, no final da terceira aula, tenho a tendência de começar a pregar. Começo a exortar os alunos a viverem à luz do que aprenderam, a mudar suas perspectivas, e suas vidas.Começo a implorar que cuidem do seu coração.
      Sou abençoado também por pregar, embora não tão frequentemente como gostaria. Aqui certamente tenho uma obrigação de explicar o texto, tanto quanto eu for capaz. Procuro colocar o texto em seu contexto histórico. Tento esclarecer qualquer ambiguidade gramatical, ou problemas de tradução. Mas, persuadido que a Bíblia não é um livro estranho e misterioso e de que ela é inteiramente compreensível, crendo que os nossos problemas são mais morais que intelectuais, que somos mais tolos do que estúpidos, exorto a congregação a crer, confiar, regozijar, dar graças, amar e perdoar. Todo Domingo quando sou abençoado por pregar caminho até o púlpito esperando não somente ser fiel ao texto, mas esperando encorajar crescimento em piedade. Quero que o rebanho vá embora persuadido de que em Cristo somos amados do Pai, e que Jesus muda todas as coisas.
      Nós Reformados tendemos a ser professores mais vigorosos do que pregadores. Os não Reformados tendem a ser pregadores mais vigorosos do que professores. Concordamos com a Bíblia, mas permanecemos imóveis diante dela. Somos rápidos para fazer mudanças, mas nem sempre pela Bíblia. A Bíblia não é simplesmente cheia de verdade. Ela é cheia de verdade que deve nos transformar. Não é suficiente que ensinemos a Bíblia. Precisamos da Bíblia pregada.
Fonte: Highlands Ministries
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – junho/2012
MONERGISMO

AFEGANISTÃO

Os cristãos no Afeganistão que falam sobre sua fé enfrentam violência e ameaças de morte. Mas apesar de todos os perigos, o cristianismo continua a crescer


A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja 
      O Cristianismo chegou ao Afeganistão nos primeiros séculos da era cristã. Por volta de 400 d.C., já havia um bispo instalado na cidade de Herat. A partir do século XIV, através do conquistador Emir Timur, deu-se inicio à erradicação do cristianismo. A Igreja afegã sofreria também sob outros governos, como o soviético (que comandou o país de 1978 a 1992) e o Talibã (1996-2001). Após assumir o governo do país em 1996, o Talibã impôs duras restrições a outras religiões, proibindo conversões, liberdade de culto e evangelismo. Outro grupo que sofreu sob o governo teocrático do Talibã foi o das mulheres, que foram impedidas de frequentar as mesquitas e de ir à escola, acentuando ainda mais o alto nível de analfabetismo no país.
A perseguição
      A Constituição afirma que o Islamismo é a religião oficial do país e que os seguidores de outras religiões têm o direito de professar sua fé e praticar seus ritos e cultos abertamente, desde que dentro dos limites impostos pela lei islâmica (Sharia). Como na maior parte dos países islâmicos, os sunitas são maioria também no Afeganistão, onde os xiitas compõem a segunda maior seita islâmica e o restante da população é dividido entre cristãos, hindus, Bahá’ís e outras seitas oriundas do islamismo.
      A conversão de um muçulmano a outra religião é considerada apostasia, sendo punível com a morte em algumas interpretações da lei islâmica no país. O código penal não define apostasia como crime e a Constituição proíbe a punição por crime não definido no código penal, que, no entanto,  afirma que os crimes graves, incluindo a apostasia, seriam punidos de acordo com a Hanafi, jurisprudência religiosa, e manipulados por um procurador-geral do escritório. Cidadãos do sexo masculino com idade acima de 18 e do sexo feminino acima de 16 anos, de mente sã, que se converteram a outra religião que não o islã, têm até três dias para se retratar de sua conversão, ou serão sujeitos a morte por apedrejamento, à privação de todos os bens e posses e à anulação de seu casamento. O mesmo acontece quando o individuo é acusado do crime de blasfêmia.
      Sobre a conversão de muçulmanos a outras religiões, especialmente ao cristianismo, o embaixador afegão nos EUA disse que a Constituição do país garante a liberdade religiosa e a lei Sharia não entra em conflito com as leis do país. Ele disse tambem que é preciso levar em conta que a sociedade afegã é muito conservadora. “O governo só não deseja que os princípios de outras religiões dominem o país”.
História e Política -Talibã
      Localizado no sul da Ásia, entre a Ásia Central e o Oriente Médio, o Afeganistão foi ao longo de sua história uma rota percorrida por muitos conquistadores, como Alexandre, o Grande, e Gengis Khan, devido à sua posição estratégica na região. Seu conjunto cultural e linguístico é formado pela língua, cultura e religião de povos vizinhos (Paquistão, Índia, Irã, China, Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão), sendo, dessa forma, influenciado pelas culturas grega, persa e hindu. Após sua independência da Grã-Bretanha, em 1919, o Afeganistão passou por pelo menos três tipos de governo: autocracia monárquica (1929-1973), regime comunista (1978-1992) e estado teocrático (1996-2001).
Quando chegou ao poder, em 1996, o Talibã estabeleceu o Emirado Islâmico do Afeganistão, que tinha como principal objetivo político-religioso a implementação da lei islâmica, Sharia. Dessa forma acreditavam conseguir uma unidade nacional e um estado de paz permanente, após anos de guerra civil. Atualmente o sistema de governo adotado pelo Afeganistão é o de República Presidencialista.
População
      A população do Afeganistão é de aproximadamente 30 milhões de habitantes. O país é composto por alguns grupos étnicos (turcomanos, uzbeques, tadjiques e hazaras) com práticas linguísticas e culturais diferentes, sendo o principal deles o pashtun, um grupo sunita que representa hoje 42% da população e se localiza ao sul e leste do país. O grupo radical nacionalista islâmico Talibã se origina dessa etnia. A maioria dos xiitas são membros do grupo étnico hazaras, que compõem 1/5 da população do país, tradicionalmente segregada do resto da sociedade por uma combinação de fatores políticos, étnicos e religiosos, alguns dos quais resultaram em conflitos.
     Os hazaras acusaram o governo de dar tratamento preferencial aos pashtuns e a outras minorias, ignorando, sobretudo a etnia hazara. O governo fez esforços significativos para enfrentar tensões históricas que afetam a comunidade hazara. Xiitas geralmente são livres para participar plenamente da vida pública. Com as reformas do governo, os hazaras ganharam acesso às universidades, aos empregos públicos e a outras atividades e direitos, sendo que, antes, lhes era negado até o direito de ser alfabetizados.
Economia
       A economia do país é baseada na agricultura. O governo afegão tem tentado mudar a cultura de plantio e comércio da papoula (entorpecente que tem tornado milhares de cidadãos dependentes químicos e, ao longo dos anos, financiado as ações do Talibã) para o de outras culturas, como feijão e milho, além de receber doações em grãos e dinheiro de outros países e de ter como principais parceiros comerciais os países vizinhos. Devido à destruição gerada pelas seguidas guerras civis, o país é um dos mais pobres do mundo, com um alto nível de analfabetismo, sendo extremamente dependente de doações externas.
Missões portas abertas

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

SERRA LEOA



SERRA LEOA

Localização
África Ocidental
Capital
Freetown
Extensão territorial
71.740 Km²
Idioma
Inglês
População total - 2011
5.997.486 habitantes

Total do PIB - 2010
2.064 milhões de US$

Moeda
Leone


A Serra Leoa, oficialmente República da Serra Leoa, é um país da África Ocidental. É delimitada com a Guiné ao norte e nordeste, a Libéria a sudeste, e com o Oceano Atlântico ao sudoeste. Abrange uma área total de 71.740 km  e sua população é estimada em 5 485 998 habitantes, de acordo com dados da CIA em 2012.
 O país possui um clima tropical, com um ambiente diversificado variando de savana para florestas tropicais.  É uma república constitucional que compreende quatro províncias.  A capital da república é Freetown, sede do governo, principal centro econômico e maior cidade do país, com aproximadamente 1,1 milhão de habitantes. Além de Freetown, outras cidades notáveis são Bo, segunda cidade mais populosa da nação com população estimada em 233 684 habitantes, e Kenema, Koidu e Makeni.
O país abriga a universidade mais antiga da África Ocidental, Fourah Bay College, fundada em 1827 e possui o terceiro maior porto natural do mundo.
Divide-se em quatro regiões geográficas: Província do Norte, Província Oriental, Província do Sul e a Área do Oeste; que são subdivididas em quatorze distritos. Freetown localiza-se na Área Oeste do país, e é seu maior centro econômico, comercial e político.
A base econômica de Serra Leoa dár-se-á pela mineração, especialmente diamantes. O país está entre os maiores produtores mundiais de titânio e bauxita, sendo também um grande produtor de ouro. O país é portador de um dos maiores depósitos mundiais de rutilo. Além destes, Serra Leoa é também o lar do terceiro maior porto natural do mundo, o famoso cais de Freetown. Apesar desta riqueza natural, 70% de sua população vive na extrema pobreza, de acordo com dados de 2004.
Serra Leoa é um país predominantemente muçulmano, embora possua uma influente minoria cristã. O país é classificado como um dos mais tolerantes religiosamente no mundo, com raros índices de violência religiosa no país.
 A população serra-leonesa compreende cerca de 16 grupos étnicos, cada um com sua própria língua e dialetos. Os dois maiores e mais influentes são os Temnes e os Mendes. Embora o idioma inglês seja o oficial do país e o principal usado na educação e na administração do governo, a linguagem Krio (derivado do inglês e de várias línguas africanas tribais) é a principal língua de comunicação entre os diferentes grupos étnicos de Serra Leoa, sendo falado por cerca de 90% dos habitantes do país.
Em 1462, a área do atual território de Serra Leoa foi visitado pelo português explorador Pedro de Sintra, que a nomeou Serra Leoa, que significa "Lioness Montanhas". Serra Leoa mais tarde se tornou um importante centro do comércio transatlântico em escravos até 11 de março de 1792, quando Freetown foi fundada pela Companhia de Serra Leoa como um lar para ex-escravos do Império Britânico. Em 1808, tornou-se um Freetown britânica Crown Colony , e em 1896, o interior do o país tornou-se um britânico Protetorado.
Entre 1991 e 2002, ocorreu a Guerra Civil de Serra Leoa, que devastou o país e resultou na morte de aproximadamente 50 000 pessoas. Grande parte da infraestrutura do país foi destruída, e mais de dois milhões de pessoas deslocadas em países vizinhos como refugiados; principalmente para a Guiné, que recebeu mais de 600 000 refugiados serra-leoneses.
RELIGIÃO
Ao contrário de outros países africanos, os conflitos religiosos e étnicos em Serra Leoa são muito raros, devido a relação geralmente amigável entre as religiões na sociedade serra leonesa, que contribuiu para a liberdade religiosa. A constituição do país garante a liberdade democrática na fé, em particular, o governo defende a disposição, e reage fortemente à natureza religiosa de abusos discriminatórios.
Não há dados confiáveis sobre o número exato dos que praticam grandes religiões no país. No entanto, a maioria das fontes estimam que a população é de 60% de muçulmanos, 30% cristã, e 10% dos praticantes de religiões tradicionais indígenas e tribais. Não há informações sobre o número de ateus no país.
Existem ainda muitas práticas sincretistas, com até 20% da população praticante, uma mistura de islamismo com as religiões tradicionais indígenas e o cristianismo.
Historicamente, grande parte dos muçulmanos de Serra Leoa concentra-se nas áreas ao norte do país, e os cristãos, em grande parte, localizados ao sul. O casamento inter-religioso é comum. No entanto, a guerra civil de onze anos, que foi oficialmente declarada encerrada em janeiro de 2002, resultou em movimento por grandes segmentos da população.
A crença no Cristianismo começou a ser difundida no século XVI, quando os primeiros missionários católicos chegaram à costa oeste da África.  Há ainda, uma considerável comunidade hinduísta. A maior comunidade hindu vive em Freetown.
O Governo não possui requisitos para o reconhecimento, registro ou regulação de grupos religiosos e permite a instrução religiosa nas escolas públicas. Os estudantes podem optar por participar de classes de orientação muçulmana ou cristã.  
O Conselho Inter-Religioso de Serra Leoa (IRC), composto por líderes cristãos e muçulmanos, desempenha um papel importante na sociedade civil e é responsável em promover o processo de tolerância religiosa no país.
EDUCAÇÃO
A educação em Serra Leoa é legalmente obrigatória para todas as crianças a partir dos três anos de idade, no nível primário, e de seis anos de idade no ensino secundário geral.  Entretanto, a falta de escolas e professores no país tem resultado numa educação desigual.  
O analfabetismo atinge aproximadamente dois terços da população adulta do país.  Durante a guerra civil que desolou o país, 1.270 escolas primárias foram destruídas, o que resultou em 67% de crianças em idade escolar vivendo fora das instituições de ensino.  
Desde então, a educação tem atingido resultados consideráveis nos últimos anos, com a duplicação das matrículas nas escolas primárias entre 2001 e 2005, e a reconstrução de muitas escolas, desde o fim da guerra.  
Os estudantes de escolas primárias possuem geralmente, idades entre 6 a 12 anos, e nas escolas secundárias, a idade escolar varia entre 13 a 18 anos. A educação primária é gratuita e obrigatória, sendo oferecida em escolas públicas.
Em Serra Leoa, há três universidades: Fourah Bay College, fundada em 1827 (a mais antiga universidade na África Ocidental), a Universidade de Makeni (estabelecida inicialmente em setembro de 2005, e o Instituto de Fátima, que recebeu o estatuto de universidade em agosto de 2009, e assumiu o nome de University Makeni, ou Unimak). Há ainda, a Universidade Njala, localizada no distrito de Bo, estabelecida como Estação Agrícola Experimental em 1910 e tornando-se uma universidade em 2005.
Faculdades de formação de professores e seminários religiosos são encontradas em muitas partes do país.
SAÚDE
A saúde é de responsabilidade do poder público. Desde abril de 2010, o governo instituiu a Iniciativa Unidade Livre de Saúde, que se compromete a fornecer serviços gratuitos para mulheres grávidas e lactantes, além de crianças menores de 5 anos.
Esta política tem sido apoiada pelo Reino Unido e é reconhecido como um movimento progressivo que outros países africanos poderão seguir.  A expectativa de vida ao nascer é estimada em 56,55 anos em 2012, fazendo do país a 196ª nação no quesito expectativa de vida.  As estimativas para a mortalidade infantil em Serra Leoa estão entre as mais altas do mundo: Para cada 1.000 nascidos vivos, cerca de 77 crianças não sobrevivem.
Assim, o país ocupa a 12ª posição entre as nações com maiores índices de mortalidade infantil, lista essa que é liderada pelo Afeganistão (121,63), Níger (109,98) e Mali (109,08). Entre os países da África Ocidental, o país é o 6º com maior taxa de mortalidade infantil.
Taxas de mortalidade materna também estão entre as mais altas do mundo, com 2.000 mortes por 100.000 nascidos vivos. O país sofre de surtos epidêmicos de doenças como febre amarela, cólera, febre de Lassa e meningite.  A prevalência de HIV/AIDS na população é de 1,6%, superior à média mundial de 1%, mas inferior à média de 6,1 % na África Subsaariana.

ESTATISTICAS POPULACIONAIS
Evolução demográfica (1961—2003).
  • Total: 4,9 milhões (2000), sendo mendes 34,6%, temnes 31,7%, limbas 8,4%, conos 5,2%, bulones 3,7%, peules 3,7%, corancos 3,5%, ialuncas 3,5%, quisis 2,3%, outros 3,4% (1983).
  • Densidade: 68,3 hab./km².
  • População urbana: 35% (1998).
  • População rural: 65% (1998).
  • Crescimento demográfico: 3% ao ano (1995-2000).
  • Fecundidade: 6,06 filhos por mulher (1995-2000).
  • Expectativa de vida M/F: 36/39 anos (1995-2000).
  • Mortalidade infantil: 170 por mil nascimentos (1995-2000).
  • Analfabetismo: 63,7% (2000).
  • IDH (0-1): 0,252 (1998).

SERRA LEOA

População

População total – 2011
5.997.486 habitantes

Homens – 2011
2.931.427 habitantes

Mulheres – 2011
3.066.059 habitantes

População residente em área urbana - 2011
38,76 %

População residente em área rural - 2011
61,24 %

Densidade demográfica – 2010
81 hab/Km2

Taxa média anual do crescimento da população 2005 - 2010
2,668 %

Taxa bruta de natalidade – 2009
40 por mil

Taxa bruta de mortalidade – 2009
15 por mil






SERRA LEOA
Indicadores Sociais
Índice de desenvolvimento humano - 2011
0,336

Esperança de vida ao nascer – 2011
47,8 anos

População subnutrida – 2005
47 %

Calorias consumidas – 2005
1.912 Kcal/dia

População com acesso a água potável - 2008
49 %

População com acesso a rede sanitária - 2008
13 %

Taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade - 2010
41,4 %

Taxa bruta de matrículas para todos os níveis de ensino - 2010
44,6 %



CONCLUSÃO
Serra Leoa é um país que necessita da nossa atenção missionária. Deus tem chamado a igreja para atender a demanda da missão mundial e este povo, sem dúvida, espera que missionários brasileiros mostrem o caminho da redenção e restauração para a vida eterna.
Este povo é alvo do nosso Senhor Jesus, e o nosso Senhor espera que respondamos positivamente ao chamado.

FONTES DE PESQUIZA

http://www.ibge.gov.br/paisesat/

A SOBERANIA DE DEUS

Pode-se definir a soberania de Deus como o exercício de Sua supremacia. Sendo infinitamente elevado acima da mais elevada criatura, Ele é o Altíssimo, o Senhor dos céus e da terra. Não sujeito a ninguém, não influenciado por nada, absolutamente independente: Deus age como Lhe apraz, somente como Lhe apraz, sempre como Lhe apraz. Ninguém consegue frustrá-lo nem impedi-Lo. Assim, Sua Palavra declara expressamente: "... o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade (Isaías 46:10). "... segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra: não há quem possa estorvar a sua mão..." (Daniel 4:35). O sentido da soberania divina é que Deus é Deus de fato, bem como o é de nome, que Ele ocupa o trono do universo dirigindo todas as coisas, fazendo todas as coisas "... segundo o conselho da sua vontade" (Efésios 1:11).
Acertadamente disse o senhor Spurgeon em seu sermão sobre Mateus 20:15; "Não há atributo mais consolador para os Seus filhos do que o da soberania de Deus, Sob as circunstâncias mais adversas, em meio às mais duras provações, eles crêem que Deus na Sua soberania ordenou as suas aflições, que Ele as dirige soberanamente, e que na Sua soberania santificará todas elas? Para os filhos de Deus não deveria haver nada por que lutar mais zelosamente do que a doutrina de que o seu Senhor domina toda a criação — do reinado de Deus sobre todas as obras de Suas mãos — do trono de Deus e Seu direito de ocupar esse trono. Por outro lado, não há doutrina mais odiada pelos mundanos, nenhuma verdade de que tenham feito joguete a tal ponto como a grandiosa, estupenda, porém certíssima doutrina da soberania do infinito Jeová. Os homens se dispõem a permitir que Deus esteja em toda parte, menos no Seu trono. Dispõem-se a deixá-lo em Sua oficina formando mundos e criando estrelas. Deixarão que esteja em Seu dispensário a distribuir esmolas e a conceder benefícios. Permitirão que fique sustentando a terra e mantendo firmes as suas colunas, que acenda os luzeiros do céu e governe as irrequietas ondas do oceano; mas quando Deus sobe ao Seu trono. Suas criaturas rangem os dentes, e quando nós proclamamos um Deus entronizado, e Seu direito de fazer o que quiser com o que lhe pertence, como também de dispor de Suas criaturas como Ele achar melhor, sem consultá-las sobre a questão, então os homens nos vaiam, nos amaldiçoam e se fazem de surdos para não nos ouvir, porquanto Deus no Seu trono não é o Deus que eles amam. Mas é Deus no Seu trono que muito nos agrada pregar. “É em Deus no Seu trono que confiamos”. “Tudo que o Senhor quis, ele o fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos' (Salmo 135:6). Sim, dileto leitor, tal é o imperial Potentado revelado nas Escrituras Sagradas. Sem rival em majestade, ilimitado em poder, imune de tudo quanto Lhe é alheio. Mas estamos vivendo dias em que até mesmo os mais "ortodoxos" parecem ter medo de admitir em termos próprios a deidade de Deus. Dizem que acentuar a soberania de Deus exclui a responsabilidade humana quando, na verdade, a responsabilidade humana baseia-se na soberania divina e desta é resultado.
"Mas o nosso Deus está nos céus: faz tudo o que lhe apraz" (Salmo 115:3).
Ele escolheu soberanamente colocar cada uma de Suas criaturas na condição que pareceu bem aos seus olhos. Deus criou anjos: a alguns, colocou num estado condicional; a outros, deu uma posição imutável diante dEle (I Timóteo 5:21), estabelecendo Cristo como sua cabeça (Colossenses 2:10). Não passemos por alto o fato de que tanto os anjos que pecaram (2 Pedro 2:5) como os que não pecaram, eram Suas criaturas. Contudo, Deus previu que aqueles cairiam; não obstante, colocou-os num estado condicional, próprio das criaturas mutáveis, e permitiu que caíssem, embora não sendo o Autor do pecado deles.
Assim também Deus colocou soberanamente Adão no jardim do Éden num estado condicional, Se Lhe aprouvesse, tê-lo-ia colocado num estado incondicional; poderia tê-lo colocado numa posição tão firme como a dos anjos que não caíram, posição tão segura e imutável como a dos santos em Cristo.
Em vez disso, porém, preferiu colocá-lo no Éden sobre a base da responsabilidade como criatura, de modo que permanecesse ou caísse conforme correspondesse ou não à sua responsabilidade — de obediência ao seu Criador.
Adão foi feito responsável a Deus pela lei que o Criador lhe deu.
Responsabilidade existia aí no jardim, responsabilidade intacta, submetida à prova sob as mais favoráveis condições.
Ora, Deus não colocou Adão num estado condicional e de criatura responsável porque fazê-lo era justo. Não, era justo porque Deus o fez.
Tampouco Deus deu existência às criaturas porque era justo que o fizesse, isto é, porque estava obrigado a criar; mas sim era justo porque Ele o fez. Deus é soberano. Sua vontade é suprema. Longe de estar sujeito a qualquer lei sobre "direito", Deus é lei para Si próprio, de modo que tudo quanto Ele faz é justo. E ai do rebelde que levante questão sobre a Sua soberania! — "Ai daquele que contende com o seu Criador! O caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes?...” (Isaías 45:9).
Ainda mais, o Senhor Deus colocou soberanamente Israel numa posição condicional. Os capítulos 19, 20 e 24 de Êxodo dão provas abundantes e claras disto. Israel estava sob um pacto de obras. Deus lhe deu certas leis e fez que as bênçãos para a nação dependessem da sua observância dos estatutos divinos.
Mas Israel era duro de cerviz e incircunciso de coração. Rebelou-se contra Jeová, abandonou Sua Lei, voltou-se para os falsos deuses, apostatou. Em consequência, o juízo divino caiu sobre Israel e este foi entregue às mãos dos seus inimigos, foi disperso por toda a terra, e até hoje permanece sob a pesada severidade do desfavor de Deus.
Foi Deus que, no exercício de Sua sublime soberania, colocou Satanás e seus anjos, Adão e Israel em suas respectivas posições de responsabilidade.
Entretanto, longe de acontecer que a Sua soberania retirasse das criaturas a sua responsabilidade, foi pelo exercício da mesma que Ele as colocou em estado condicional j sob as responsabilidades que julgou apropriadas; em virtude de cuja soberania, vê-se que Ele é Deus sobre todos. Assim, há perfeita harmonia entre a soberania de Deus e a responsabilidade da criatura. Muitos têm dito tolamente que é de todo impossível mostrar onde termina a soberania divina e começa a responsabilidade da criatura. A responsabilidade da criatura começa aqui: na ordenação soberana do Criador. Quanto à Sua soberania, não há e nunca haverá nenhum "fim" para ela!
Vamos dar algumas provas de que a responsabilidade da criatura baseia se na soberania de Deus. Quantas coisas estão registradas nas Escrituras e que eram justas porque Deus as ordenou, e não seriam justas se Ele não as tivesse ordenado! Que direito tinha Adão de "comer" das árvores do jardim? Sem a permissão do seu Criador (Gênesis 2:16), Adão teria sido um ladrão! Que direito
Israel tinha de pedir prata, ouro e vestes aos egípcios (Êxodo 12:35)? Nenhum, se Jeová não o tivesse autorizado (Êxodo 3:22). Que direito possuía Israel de matar tantos cordeiros para sacrifício? Nenhum, a não ser pelo fato de que Deus ordenou isso. Que direito Israel tinha de eliminar todos os cananeus? Nenhum, salvo porque Jeová mandou. Que direito tem o marido de exigir submissão da esposa? Nenhum, se Deus não o tivesse estipulado. E poderíamos prosseguir nisso mais e mais. A responsabilidade humana está baseada na soberania divina.
Mais um exemplo do exercício da absoluta soberania de Deus. Deus colocou os Seus eleitos num estado diferente do de Adão ou Israel. Colocou-os num estado incondicional. No pacto eterno Cristo foi designado a Cabeça deles, levou sobre Si as suas responsabilidades e cumpriu por eles uma justiça perfeita, irrevogável e eterna. Cristo foi colocado num estado condicional, pois Ele estava "debaixo da lei, para ganhar os que estavam debaixo da lei", só que com esta diferença infinita: os outros falharam: Ele não falhou e não podia falhar. E quem foi que colocou Cristo naquele estado condicional? O Trino Deus. A vontade soberana O designou, o amor soberano O enviou, e a autoridade soberana determinou a Sua obra.
Certas condições foram postas diante do Mediador. Ele teria que ser feito em semelhança da carne do pecado; teria que engrandecer, e dignificar a lei; teria que levar em Seu corpo no madeiro todos os pecados do povo de Deus; teria que fazer plena expiação por eles; teria que suportar o derramamento da ira de Deus; e teria que morrer e ser sepultado. Pelo cumprimento dessas condições, era-Lhe oferecida uma recompensa: Isaías 53:10-12. Ele haveria de ser o Primogênito entre muitos irmãos; haveria de ter um povo que participaria de Sua glória. Bendito seja o Seu nome para sempre, pois Ele cumpriu essas condições e, uma vez que as cumpriu, o Pai está comprometido, com juramento solene, a preservar sempre e abençoar por toda a eternidade cada um daqueles pelos quais o Seu Filho encarnado fez mediação. Desde que Ele tomou o lugar deles» agora eles participam do dEle. Sua justiça é deles, Sua posição diante de Deus é deles. Sua vida é deles. Não lhes resta sequer uma condição para cumprir, nem uma só responsabilidade da qual desincumbir-se para alcançarem a bem-aventurança eterna. “... com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (Hebreus 10:14).
Eis aí, pois, a soberania de Deus exposta abertamente diante de todos nas diferentes formas pelas quais Ele se relaciona com as Suas criaturas. Alguns dos anjos, Adão e Israel foram colocados numa posição condicional, na qual a continuidade da bênção dependia da sua obediência e fidelidade a Deus. Porém, em marcante contraste com eles, o "pequeno rebanho" (Lucas 12:32) recebeu uma posição incondicional e imutável no pacto de Deus. nos Seus conselhos e em Seu Filho; a bênção dele depende do que Cristo fez por ele, "... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: o Senhor conhece os que são seus..." (2 Timóteo 2:19), O fundamento sobre o qual estão os eleitos de Deus é perfeito; nada se lhe pode acrescentar, e nada se lhe pode tirar (Eclesiastes 3:14). Eis aqui, pois, a maior e mais elevada demonstração da absoluta soberania de Deus. Verdadeiramente, Ele "... compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer" (Romanos 9:18).

Texto do livro "Os atributos de Deus - A. W. PINK"