O
exercício da fé não é um exercício “anti-intelectual”: quanto mais o
cristão entende mais crer, ou seja, “crer é também pensar”.
É muito
comum os pregadores usarem textos bíblicos para “ensinar” a igreja fazer
coisas, não poucas vezes, absurdas ou dizerem coisas fantásticas que
beiram a irracionalidade. Uma interpretação coerente deve ser um dos
alvos de todo cristão, afinal a Palavra de Deus é o árbitro absoluto do cristianismo.
É mais fácil dizermos alguma coisa sem sentido, jogar um pouco de óleo
de Israel, prometer bênçãos que não estão na Palavra, tocar tambores e
depois correr para as ofertas, ao invés de sentarmos em nossa mesa e
lermos um texto dentro do seu contexto, pano de fundo histórico, autor e
destinatário, circunstâncias e personagens históricos, variantes
textuais e a língua original para então pregarmos uma palavra sadia e
simples: isto é difícil.
Qual será o próximo fluido que será usado
para invocar os poderes do além? Já usaram óleo perfumado, leite de
cabra, leite bovino, óleo girassol (emergencial), água destilada, vinho,
cuspe, óleo de Israel, e tudo misturado.
Já não é o bastante usar o
púlpito sem sabre o que vai ser dito e ainda por cima falar besteiras
sem sentido algum? Em cada púlpito deveria ter a seguinte oração:
“NÃO SUBAS AQUI SE NÃO SABES O VAIS DIZER”
Nenhum comentário:
Postar um comentário